A 
história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Por volta de 
350 a.C., aproximadamente na época em que viveu 
Aristóteles na 
Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. 
Alhazen em torno do 
século X,   descreveu um método de observação dos eclipses solares através da   utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época, consistia de   um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.
Em 
1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata, no ano de 
1604  o físico-químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns   compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia  o  processo de escurecimento e de formação da imagens efêmeras sobre  uma  película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção  do  processo. Em 
1725, 
Johann Henrich Schulze, professor de medicina na 
Universidade de Aldorf, na 
Alemanha,   conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior,   porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando   suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco   contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que   a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração   violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a   cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o   desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco   e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos,   observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados,   que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze   estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor.   Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um   forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a   presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências,   acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte   para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as   delineavam.O químico suíço 
Carl Wilhelm Scheele, em 
1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.
Thomas Wedgwood realizou no início do 
século XIX  experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas   de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados   com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas  maneiras  torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o  processo, e a  luz continuava a enegrecer as imagens.
Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos   de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e   cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das  ondas  de luz. Porém, o francês 
Joseph-Nicéphore Niépce o fisionotraço e a 
litografia.   Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822,   conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica,   utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a   ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia   conseguida no mundo foi tirada no verão de 
1826,   da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta   descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para   copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns   tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos   à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o   asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de   antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície   preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de   ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as   áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa,   porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce   lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a   chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e   as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para   reprodução de outras cópias.
Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 
1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.
Este consistia numa placa de de ouro e prateada, exposta em vapores   de iodo, desta maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si.   Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em  vapor  de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz   mostrando as imagens. Estas, eram fixadas por uma solução de  tiossulfato  de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar  disso, o sistema  de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os  tempos de  exposição encurtaram devido às pesquisas de 
Friedrich Voigtländer e 
John F. Goddard em 
1840, estes criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.
William Henry Fox Talbot lançou, em 
1841,   o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel   impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura, a   imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio.   Resultando num negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se   transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado,   processo utilizado até os dias de hoje.
O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da   fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo   utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.
Frederick Scott Archer inventou em 
1851  a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e   álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e   cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio   iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com  excesso  de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara,  revelada  por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com  tiossulfato de  sódio. Em 
1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 
1871, 
Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 
1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas.
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